Falar sobre cerveja não é chato,
muito menos trabalhoso. 
Chego a dizer que é, no mínimo, um pouco sacrificante. 
Porque bom mesmo é escrever e ler  degustando, ao mesmo tempo, para se ter
certeza da informação. 
E digo isso de maneira profissional: relatar ou imaginar
sensações, puxar na memória aromas, sabores e cores é sempre menos real. 
E,
inevitavelmente,  dá água na boca! 
Como estamos em pleno verão – e que
verão! – no Brasil, escolhi começar minhas postagens com um estilo que está,
sem sombra de dúvidas, entre os meus preferidos: a witbier.  
Mas por que a escolha dela para esta estação
do ano? Porque é uma cerveja leve e refrescante, ideal para os dias quentes que
estamos vivendo de norte a sul no país.  
Criado na Bélgica, a witte, white,
blanche ou witbier, é uma cerveja de trigo – como as Weiss, porém, acrescida de
outros ingredientes, que modificam o sabor, o aroma e o corpo da bebida. 
Esta
cerveja de trigo da escola belga é bem clara e sempre vai apresentar aromas adocicados
e cítricos, podendo ser identificado, por exemplo, mel, baunilha e laranja. 
Para conseguir a refrescância, que é uma característica marcante do estilo, os
produtores acrescentam semente de coentro – que traz um sabor completamente
diferente da folha usada como tempero. 
Também são colocadas na receita cascas
de frutas cítricas, como laranja, mexerica, limão siciliano, etc. 
Aí, vai do
gosto e criatividade do mestre cervejeiro! 
Para acompanhar, sugiro petiscos
leves, com sabores também cítricos: aí podemos criar uma harmonização por
semelhança. 
Que tal uma bruschetta de tomate com raspas de limão siciliano? Ou,
para os mais ousados, podemos criar um contraste no paladar: uma wit com um
bolo de chocolate. 
Na verdade, harmonizar cervejas com pratos dá pano pra
manga! Prometo abordar, com calma, esse outro tema ao longo dos posts....
O importante mesmo é sentir a cerveja e como
este grande e vasto universo pode ser desvendado! 
E como não pode deixar de ser: ein prosit!
Ludmilla Fonttainha é jornalista,
produtora de televisão, integrante da Confraria Feminina de Cerveja (Confece) e
beer sommelier. Uma apaixonada por este caminho sem volta, que é a apreciação
da cerveja artesanal!


 
 
 
 
2 comentários:
É isso aí Lud, cerveja é um caminho sem volta mesmo. Parabéns pelas sábias palavras. Grande abraço.
Boa dica Lud! Deu água na boca, vou experimentar.
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