sábado, agosto 09, 2014
O Vinho e a Pintura - René Magritte - 3
Pelo tanto de nuvens em cima da taça, ele deve ter pensado num espumante, até pelo tipo da taça que em outros tempos era usada para as borbulhas.
Sabe quem criou o calendário biodinamico? Não, não foi Rudolf Steiner...
Foi Maria Thun.
Ela é considerada uma pioneira da agricultura biodinâmica.
Tinha apenas 2 anos, em Junho de 1924, quando Rudolf Steiner criou a teoria da agricultura biodinâmica.
Ela nasceu na Polônia, filha de uma família alemã, foi enfermeira durante a Segunda Grande Guerra e era casada com o professor de arte, Walter Thun.
Começou cedo a estudar a teoria de Steiner e em 1952, aos 28 anos, depois de muitas observações, ela relacionou o crescimento de um rabanete com a posição da lua.
A ideia foi formalizada e os astros.
Foi quando nasceu a ideia de formalizar essas interações entre plantas, elementos e o calendário lunar.
O Calendário de Mudas, de Maria Thun, foi publicado pela primeira vez em 1963.
Hoje ele está na edição número 50 e publicado em 30 idiomas.
O Calendário de Maria Thun leva em conta a posição dos astros e determina os dias favoráveis para os diferentes trabalhos na terra.
Bastante utilizado na jardinagem e na viticultura, o calendário virou algo indispensável para qualquer produtor biodinâmico.
Por outro lado, esse calendário faz parte dos elementos controversos da biodinâmica, sendo o foco principal das críticas de cientistas e viticultores convencionais.
Normalmente relacionam o calendário com o esoterismo.
De 1976 até sua morte em 2012, Maria Thun viveu na vila de Dexbach, na Alemanha.
sexta-feira, agosto 08, 2014
Quer ir pra Mendoza com um dos caras que mais conhece vinhos neste país e um preço interessante?
Quem convida é o João Filipe Clemente, que escreve no blog falandodevinhos.wordpress.com
A viagem é para o dia 21 deste mês e sera para um grupo pequeno.
Começa numa Quinta e termina na Segunda.
Rápida e eficiente.
O João vai acompanhar os visitantes em 8 vinícolas de altíssimo nível, almoçando em 3 delas.
Quer a lista?
Melipal, Dominio del Plata, Achaval Ferrer, Catena, Atamisque, Viña Alicia, Lagarde e Carmelo Patti.
Custa 1600 dólares.
Contatos: wineandfoodtravelexperience@gmail.com
Fones: 11 46126343 e 11 46121433 ou ainda no celular:
11 996007071
Chef Rouge faz menu harmonizado com dois ótimos vinhos argentinos
O evento se chama Autour du Vin, começa hoje e vai até o dia 7 de Setembro.
Eu provei a harmonização e comprovei que vale a pena.
Conversei com o chef Wagner Resende, que me falou dos pratos e da história dele na gastronomia.
Veja:
Me surpreendi com a harmonização do Rosbife com Ovas de Salmão e o Malbec.
Acertaram em cheio.
O rosbife e as ovas combinando perfeitamente com o prato e com o conjunto todo com o vinho Canal Flores 2011.
O prato custa 45 Reais.
O mesmo vinho acompanhou também a Codorna Recheada com Trompettes de la Mort (um cogumelo negro em forma de um trompete) e Puré de Batatas.
Prato: 75 Reais.
Nesse caso o vinho ficou um pouco acima do prato, mas nada exagerado. O toque mais terroso do cogumelo deu uma força extra na harmonização.
O terceiro prato da harmonização é um Javali com Tutano e Favas Verdes e o Vinho 1910 Malbec 2012.
Perfeita!
O prato é suculento, bem equilibrado, maravilhoso.
O vinho é encorpado, concentrado e combateu com boa acidez a gordura do javali.
Prato: 98 Reais.
A taça do vinho canal flores custa 35 Reais.
A garrafa do Viñedo 1910 - 280 Reais.
O Vinho Canal Flores 2011 tem 85% de Malbec, 10% de Cabernet Sauvignon e 5% de Syrah.
São vinhedos antigos, uvas que dão boa cpncentração.
O vinho tem boa intensidade aromática.
Notas de cassis, violeta, amora e especiarias.
Na boca é encorpado, amplo.
Taninos finos, textura bem macia.
Boa acidez e equilíbrio.
Nota: 90/100
Preço: 140 Reais
O Viñedo 1910 Malbec vem de vinhedos de 103 anos.
Tem boa intensidade aromática e as notas de madeira aparecem um pouco mais, mas sem esconder a fruta.
Notas de amora, mirtilo, cereja, café e chocolate.
Na boca é encorpado, taninos finos, textura aveludada, boa acidez.
Vinho muito bem equilibrado, final longo.
Nota: 92/100
Preço: 280 Reais.
Conversei com o dono da vinícola Spielmann, que falou sobre os objetivos da vinícola.
Veja:
O Chef Rouge tem dois restaurantes em São Paulo.
http://www.chefrouge.com.br/
Petite Petit 2011 - Michael David - California - Estados Unidos
Dessa vez a curiosidade me fez subir um pouco de preço na série de vinhos dos Estados Unidos na faixa dos 10 dólares.
Esse custou cerca de 18.
O rótulo e o contra rótulo são capazes de atrair desde os colecionadores de rótulos até os que não ligam muito pra isso.
O que me atraiu, além do rótulo e em primeiro lugar, foi o corte: Petite Syrah (85%) com Petit Verdot (15%).
A cor é já mostra o que se pode esperar em termos de corpo.
Cor púrpura, densa, opaca.
No nariz é intenso, mesmo antes de mexer a taça.
Notas de frutas negras, alcaçuz, grafite, baunilha.
Na boca é um vinho amplo, encorpado (acho que começo a entender os elefantes do rótulo), taninos finos com textura macia.
Vinho vibrante e ao mesmo tempo elegante.
Tem boa acidez, o que tira o peso do vinho e dá vontade de ir tomando para aproveitar o frescor e equilíbrio.
Complexo.
Longo com notas de creme de amendoim no final.
Nota: 91/100
Tem 14,5% de álcool. Nem parece.
quinta-feira, agosto 07, 2014
Provei os vinhos da Bisquertt e conversei com o Sebastian Bisquertt e com a nova arma da vinícola, o grande Alberto Antonini
Logo de cara fui surpreendido com um maravilhoso Sauvignon Blanc.
La Joya Gran Reserva Sauvignon Blanc 2014 - Branco - Chile
Me impressionou este vinho.
Cor amarelo palha.
A Sauvignon Blanc parece sempre tão óbvia que é a variedade que qualquer iniciante bem informado consegue identificar de cara.
Não é o caso deste.
Os Sauvignon Blancs do Chile normalmente são muito intensos.
Os aromas saltam da taça com uma intensidade muitas vezes enjoativa.
Notas de Maracujá na maioria das vezes e no caso dos mais elegantes, menos intensidade e alguma nota de aspargos.
Repito, não é o caso deste.
O Sauginon Blanc Reserva da Bisquert foi elaborado com uvas do Valle de Leyda e do Valle de Colchagua.
Tem 12,7% de álcool.
Sem estágio em barrica (normalmente a Sauvignon Blanc não passa por barrica).
No nariz a surpresa.
Notas de hortelã, cassis, flores e um leve maracujá.
Na boca tem corpo médio-, boa acidez, equilíbrio, sabor sutil de hortelã, erva doce, limão siciliano e cassis.
Elegante.
Notas citricas e minerais.
Persistência média.
Importador: World Wine - www.worldwine.com.br
Preço: 54,00 Reais (vale cada centavo).
Nota: 90/100
Conversei com o Sebastian Bisquertt que me contou um pouco sobre a vinícola.
Veja:
Continuei provando vinhos.
Outro que me chamou bastante a atenção foi o Ecos de Rulo Single Vineyard Cabernet Sauvignon 2012.
Corte de 90% Cabernet Sauvignon e 10% Petit Verdot.
Cor rubi, intenso.
No nariz tem intensidade aromática média+.
Notas de cassis, pimenta, eucalipto...
Na boca é muito bem equilibrado.
Encorpado, taninos finos, textura aveluda, boa acidez, volume e frescor.
Passou 12 meses em barricas de carvalho francês.
Importador: World Wine - www.worldwine.com.br
Preço: 83 Reais.
Nota: 89/100
Conversei com o grande Alberto Antonini, que chegou na vinícola há 1 ano, e já providenciou mudanças importantes:
Gostei também do Crazy rows Cinsault 2013, elaborado com uvas do Valle de Itata.
O Valle de Itata pode ser considerado o berço da viticultura chilena.
É uma verdadeira reserva de vinhas velhas em propriedades familiares que cultivam as uvas sem nenhuma intervenção e sem nenhum protudo químico e sem necessidade de irrigação.
É um vinho com boa intensidade aromática.
Notas de jabuticaba, frutas vermelhas maduras, violeta e ervas aromáticas.
Não passou por madeira.
Na boca tem corpo médio, é vibrante, fresco, tem os taninos finos com uma textura granulada e macia.
Final longo.
O vinho vai deixar de ser produzido, para que a vinícola foque em poucas variedades e sempre de produção própria. Essas uvas são compradas em Itata. Portanto, aproveite para comprar antes que acabe.
Importador: World Wine - www.worldwine.com.br
Preço: 130 Reais.
Nota: 91/100
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