sexta-feira, dezembro 24, 2010

O Único de Vega Sicilia e A Primeira vez de Janaína



A confraria se reunia uma vez por mês. Sempre as quintas-feiras.
Marisa organizava tudo. Encontrava o restaurante ideal, os pratos, os vinhos, as harmonizações e os convites.
Sempre a primeira a ser chamada era Janaína.
Janaína era loira, bonita, alegre, simpática, tinha sempre um sorriso no rosto. Mas não bebia.
Beber em uma confraria parece uma coisa fundamental, mas se pensarmos assim lembramos que podemos beber sozinhos, em casa. O que seria mais importante, as pessoas ou os vinhos?
Claro que um não existe um sem o outro, mas tem dias que entre um vinho e uma pessoa eu fico com o vinho.
Não era o caso de Janaína.
Difícil alguém preferir um vinho diante de tamanha simpatia.
Naquela quarta-feira a chuva inundou São Paulo e a confraria de mulheres parecia desfalcada.
Engano!
As pessoas foram chegando. Atrasadas, esbaforidas, impacientes.
Janaína não. Parece ter chegado de helicóptero.
Bom humor, tranquilidade, alegria.
Os vinhos foram abertos às cegas e por incrível que pareça e para a inveja das companheiras, Janaína tinha um nariz incrível. Não bebia, mas sentia os aromas do vinho.
Não errava uma.
Fernanda não engolia a esperta Janaína. A inveja estava escrita nos olhos, no rosto e até nos dentes da compradora dos vinhos mais caros da confraria.
Naquele dia Fernanda preparou uma armadilha para Janaína.
Bastou uma ida ao toilette e 4 taças foram colocadas diante dela.
Uma das taças tinha o grande Vega Sicilia, nas outras 3 vinhos ordinários e até um vinho feito com variedade não vinífera.
O desafio foi colocado e Janaína, como sempre, abriu um sorriso enorme.
Cheirou o primeiro e fez sinal de negativo, cheirou o segundo e a mesma coisa. No terceiro, aspirou fundo e sorriu.
A mulherada espantada sentia um misto de inveja e admiração (menos Fernanda, é claro).
Na única vez que abriu a boca Janaína disse: Paro por aqui, não preciso cheirar o quarto vinho, fico com este Ribera del Duero. Levantou a taça, brindou e provou um vinho pela primeira vez...
PS: O Vega Sicilia é o vinho mais importante da Espanha. É produzido em Ribera del Duero.

Na Estrada do Vinho - Episódio 3 Angel Mendoza fala dos vinhos do Brasil

Na Estrada do Vinho - Episódio 3 Angel Mendoza fala dos vinhos do Brasil

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Nesta Sexta o Terceiro Episódio Na Estrada do Vinho tem uma Conversa sobre os vinhos do Brasil com Angel Mendoza. Ele ajudou a criar o Salton Talento!


Amanhã tem o terceiro episódio do Na Estrada do Vinho, o trabalho de entrevistas nas vinícolas de Mendoza que o Daniel Perches e Eu fizemos no mês passado.
Angel Mendoza vai falar sobre o Brasil.
Ele conhece nossos vinhedos como poucos. Foi ele que ajudou a Salton a produzir o Salton Talento e também ajudou na construção da vinícola em Tuiuty.

Maison Champy ganha reconhecimento histórico, projeta museu, aumenta o patrimônio e converte vinhedos em Biodinâmicos


A antiga sala de barricas da maison Champy, em Baune, faz parte do circulo fechado dos 800 monumentos classificados como históricos da Côte-d’Or. A construção é de 1890 e fica no coração do centro histórico de Beaune e tem 1 640 m². Tudo está bem conservado, utilizado ainda pela vinícola, mas sem deixar de lado alguns utensílios do século 19, como um pasteurizador da marca Houdard, equipamentos antigos para elaboração de vinhos e para colheita.
É uma oportunidade de mostrar como era o trabalho naquela época, na mais antiga maison do departamento. O próximo passo, será instalar no local um museu do vinho.
A Champy Père et Fils, foi fundada em 1720 e vive uma fase de renovação impulsionada por Pierre Meurgey, que dirige a vinícola desde 1999. Ele converteu 17 hectares em produção biodinâmica.
Possuem vinhedos em Pommard, Volnay, Corton, Beaune, entre outros. Este ano a propriedade aumentou em 10 hectares.
Eles possuem uma boa recepção para o enoturismo.

Nederburg Noble Late Harvest 2008 - África do Sul


Esse eu ganhei do César Filho.
Um vinho excelente!
Safra 2008, elaborado com Chenin Blanc (73%), Muscat de Frontignan (26%) e apenas 1% de Semillon.
Cor, dourado.
No nariz mel, damasco seco, tangerina e acetona.
Na boca um equilíbrio perfeito entre a acidez e o açúcar. Notas de caramelo, mais mel e um final longo, maravilhoso!
O vinho é produzido com uvas atacadas pela podridão nobre.
Não passa por madeira e só é engarrafado em safras especiais.
Tem 11,6% de álcool.
É importado pela Casa Flora
A garrafa é de 375 ml.
É só escolher a sobremesa, o vinho é esse aí!

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Querem acabar com o Muscadet


A maior crise da história do Muscadet pode diminuir a área de produção de 2 mil a 3 mil hectares.
Um programa de encerramento de atividades foi colocado prática, mas ele será insuficiente, pois prevê uma redução de 400 hectares, número bem inferior ao número real de produtores que querem desistir de produzir vinho.
Um plano de reestruturação para diminuir a área plantada acaba de ser lançado no Vale do Loire entre Nantes e Sancerre. O plano prevê a destruição da variedade Melon, com uma ajuda de 2700 euros por hectare facilitando também a plantação de outras variedades, mais procuradas e valorizadas pelo mercado. Quem plantar outra variedade, pode conseguir até 11 mil euros por hectare em toda região do Loire.
Os produtores terão 1 ano para arrancar os vinhedos de Melon e plantar outra variedade.
Por enquanto tudo está no papel. Janeiro está aí e pode decidir sobre o futuro da Muscadet.
Quem nunca provou o vinho e portanto não está nem aí, sugiro o
Sélection des Cognettes 2008 da Cave Jado.
Custa só 48 reais e é bem típico.

Vinha Grande - Douro 2022 - Casa Ferreirinh

Cereja, bergamota, violeta...  na boca tem corpo médio, taninos macios, sensação de frescor, sabor repetindo o nariz, mas com um toque de e...