quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Appellation Listrac Controlée


Listrac foi uma das appellations mais importantes do Médoc até o começo do século passado.
Os vinhos podem ser comparados com os produzidos em Saint-Estèphe, são tintos vigorosos com taninos marcantes.


Appellation: Appellation Listrac Controlée
Localização: no Médoc, a norte de Moulis
Vila: Listrac-Médoc
Solo: Calcário e Argilo-calcário
Superfície: 700 hectares
Produtores: 90
Produção: 5 milhões de garrafas
Variedades: Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc
Guarda: até 10 anos
Boas safras: 2005, 2003, 2000, 1998, 1995
Aromas: Cassis, alcaçuz e madeira
Harmoniza bem com pato assado, costeletas de porco e carnes vermelhas

Cave Jado´re

Sim, é uma brincadeira com a língua francesa J´adore, para dizer que adoro a Cave Jado. As francesas Jeanne (JA) e Dorothée (DO), conseguiram em pouco mais de um ano o que muitas importadoras não conseguem em décadas: trocaram simpatia e amizade com os clientes. Pra começar os preços são justos. Pra continuar a simpatia e simplicidade de todos que trabalham na Cave dos funcionários às proprietárias que são realmente embaixadoras da simpatia francesa. Um dia um francês me disse achar estranho que com toda simpatia dos brasileiros entrava e saia de lojas e não ouvia um bom dia. Pois é, na França é impossível entrar numa loja sem ouvir um bonjour e sem ver um sorriso, é parte da cultura! Uma sugestão aos brasileiros é que aprendam a dizer bonjour! Outra sugestão é que aprendam que o vinho é uma coisa simples, um complemento da alimentação, uma fonte de prazer e inspiração, uma bebida fantástica. Sugiro também que provem vinhos de várias regiões, países e preços. Muitas vezes os grandes vinhos estão nos melhores momentos. Quase sempre! A última sugestão é que conheçam a Cave Jado. Que tenham o prazer de provar um vinho de uma importadora que nasceu para oferecer bons vinhos franceses a preços justos, uma importadora onde os proprietários estão prontos para uma conversa, uma sugestão e um sorriso. Aliás nunca vi Jeanne ou Dorothée de cara amarrada. Devem ficar em algum momento! Não na Cave Jado! Na última terça-feira a Cave festejou seu sucesso. Um negócio que deve ter começado na infância de Dorothée, que cheirava o vinho do copo da avó, que só deixou que colocasse na boca aos 15 anos. Amadureceu quando morou na Bolívia e conheceu produtores andinos e vinhos do Chile e Argentina. Virou realmente realidade quando percebeu que no Brasil existia variedade mas os preços eram absurdos. Seria fácil citar um vinho da Cave Jado, daqueles bons e baratos, mas não vale a pena, melhor é aconselhar que descubra sozinho. Champagne, Loire, Borgonha, Bordeaux, Sudoeste, Alsace, Rhône, Provence e Languedoc. A alma da França e a simplicidade do vinho moram na Cave Jado! J´adore!
www.cavejado.com.br

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Vinhedos Abandonados!

O Diario El País da Espanha abordou um problema que é mais comum do que se imagina na Europa: O abandono de vinhedos!
Não é fácil vender um vinhedo no velho mundo, com excessão da Borgonha, Champagne e Bordeaux. Fora isso tentar vender um vinhedo é uma dificuldade.
O problema é que os filhos dos produtores pequenos e médios não querem seguir a vida difícil dos pais. Se interessam por outras coisas, outros assuntos, outras universidades. Os pais envelhecem e também se cansam do trabalho, tentam vender a propriedade, não conseguem e abandonam.
A reportagem do El Pais mostra o abandono principalmente na região da Galicia, perto de Portugal. Agora se fala da crise europeia que pode ter desfechos diferentes em relação a este problema. Por um lado os filhos podem ficar sem os empregos e voltar para o negócio familiar. O outro lado é uma crise que derrube o preço das uvas e nesse caso o abandono de vinhedos pode crescer. A tecnologia de vinificação melhorou os vinhos mas deixou mais caro o trabalho dos pequenos produtores.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Appellation Saint Julien Controlée


Um pouco menos potente que em Pauillac e menos rustico que em Saint-Estèphe. São assim os vinhos elaborados em Saint-Julien. Vinhos muito aromáticos com notas de cassis e cacau. Frequentemente comparam os vinhos com a estrutura de um Pauillac e os aromas de um Margaux. São 11 Grands Crus Classés. A qualidade dos vinhos de Saint-Julien é tão boa que os segundos vinhos são interessantíssimos na relação preço/qualidade.

Appellation: Appellation Saint Julien Controlée
Localização: No centro do Haut-Médoc
Cidade: Saint Julien Beychevelle
Solo: Cascalho
Superfície: 900 hectares
Vinhedos: 26
Produção: 6.5 milhões de garrafas
Variedades: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc
Guarda: 10 a 15 anos
Boas safras: 2005, 2003, 2000, 1998, 1995, 1990
Aromas: Cassis e cacau
Harmoniza bem com cordeiro, carnes de caça Presunto cru e coelho na mostarda

Curso Rápido!

Muita gente me pergunta sobre cursos, onde fazer, quanto custa, quanto tempo dura, etc...
Depende sempre da finalidade!
Os cursos profissionais são mais longos, mais completos e mais caros.
Existem também cursos rápidos e agradáveis para quem quer apenas entender um pouco mais sobre tipos de vinhos, uvas, regiões e rótulos.
Trazer a pessoa para o mundo do vinho.
São assim os workshops e palestras da loja Vino Mundi.
O nome já esclarece: ABC do vinho - nível iniciante.
São apenas 8 lugares e duas turmas já estão fechadas.
Acontece amanhã das 7 e meia as 10 da noite e o sommelier palestrante é o Lucas Cordeiro.
Inscrições e informações pelo telefone: 11 41065346

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Os "Biôs" da Borgonha, por Gilles Ballorin.

O local escolhido mais uma vez foi o Empório Vila Buarque. O Marcelo di Morais www.marcelodimorais.com sabe receber os amigos como ninguém!
A cada degustação aumentam as opções de petiscos e os pratos servidos são impecáveis. Dessa vez foi a Sayonara que preparou um Polpetone com Gnochi recheado de mozzarela.
A degustação era pra gente grande. Borgonhas biodinâmicos do Domaine Ballorin et F
Vinhos artesanais elaborados pelo meu amigo artista do terroir, Giles Ballorin.

Claro que já havia provado os vinhos do Giles, mas são surpreendentes sempre!
Foram 5 vinhos (o sexto na foto é um Barbaresco, dele eu falo outro dia) todos importados pela Santa Ceia www.santaceiavinhos.com.br
O Marsannay Rosé mostrou com sua cor salmão, um vinho aromático com notas florais, minerais e um agradável amanteigado.
Na boca um leve amargor.
O Passetoutgrains Le Temeraire 2007, é o único onde a Gammay faz dupla com a Pinot Noir.
Tem cor rubi transparente com alguns reflexos violeta. Aliás não vou mais falar da cor nesta degustação, pois não houve diferença significativa entre os vinhos degustados.
No nariz, groselha e framboesa com algumas notas florais e frutas cítricas.
Na boca uma acidez maravilhosa. Equilibrado e agradável, taninos finos. Corpo médio. Final médio.
A ficha do produtor diz:
O Passetoutgrains Le Temeraire 2007
é elaborado com Pinot Noir e Gammay
vinhedos de 35 anos
rendimento: 35 hl/ha
área: 70 ares (0,700 hectares)
solo: argilo-calcário
harmoniza com charcuteria, grelhados de porco e peixe ao vinho tinto.
consumir jovem

Passamos para o Bourgogne Pinot Noir "Le Bon" homenagem a Philippe Le Bon, duque da Borgonha.
Esse vinho já havia sido provado por todos (menos o Alexandre do Diario de Baco) e foi uma unanimidade.
No nariz um trio bastante conhecido na borgonha: framboesa, cereja e morango. Mais um tempo no copo e aparecem notas de couro.
Na boca é elegante e tem taninos macios.
O vinho já tem mais corpo e o final é persistente.
Ficha do Produtor:
Pinot Noir Le Bon 2007
idade dos vinhedos 50/50 e 45 anos
rendimento 35hl/ha
área: 80 ares (0,800 hectare)
solo marga
harmoniza com coelho ao estragão, carnes brancas (pricipalmente vitela) e carnes vermelhas
Guarda 5 anos

Passamos para o Côtes de Nuits 2007 e a degustação ficou mais séria ainda.
O vinho é complexo com notas minerais misturadas com as frutas vermelhas características.
Na boca faz salivar. Tem uma ótima acidez.
Equilibrado e elegante. Final persistente.
Ficha do Produtor:
Cote de Nuits Villages 2007
idade dos vinhedos 55 anos
rendimento 25hl/ha
área: 45 ares (0,450 hectares)
solo calcário duro
harmoniza com perdiz e outras aves de caça
guarda 5 anos

O Fixin ficou entre os preferidos da noite. Um vinho que mostra de cara notas de couro e defumado. Depois aparecem as frutas, terra e tostado.
Final loooongo!
Ficha do Produtor:

Fixin 2007
idade dos vinhedos 50 anos
rendimento 25hl/ha
área 35 ares (0,350 hectares)
solo argilo calcário
guarda 10 anos
harmoniza com bochecha de Porco (é sensacional!) e carré de cordeiro

O Nuits Saint Georges não só é o mais caro, como o mais complexo, mas longevo e interessante!
Rosas, flores, amora, terra, e taninos firmes. Vinho para durar muito!
É uma crinça ainda.
Ficha do Produtor:

Nuits St Georges 2007
idade dos vinhedos: 35 anos
rendimento 25hl/ha
área: 9 ares
solo calcário duro jurássico médio.
harmoniza bem com carnes vermelhas, costela de boi, carnes brancas e carnes de caça (principalmente javali)
guarda: a partir de 10 anos (sabe-se lá até quando?)
Todos os vinhos passaram um ano em madeira (francesa, é claro!) e as uvas foram colhidas a mão e colocadas em caixas pequenas de 20 kg.


Participaram comigo da Degustação o Daniel Perches (www.vinhosdecorte.com.br), João Felipe Clemente (http://falandodevinhos.wordpress.com/), Cristiano Orlandi (http://www.vivendovinhos.blogspot.com/), Alexandre Frias (www.diariodebaco.com.br) Marcelo Di Morais (www.marcelodimorais.com), Jeriel da Costa (www.blogdojeriel.com..br)


O Empório & Bistrô Vila Buarque fica na Rua Major Sertório, 561 - Vila Buarque - São Paulo.
www.santaceiavinhos.com.br infelizmente os vinhos não estão nmo site, mas a importadora tem os vinhos. Tente por telefone: 19 38362202







domingo, fevereiro 07, 2010

DA‘DIVAS PINOT NOIR 2009 - ENCRUZILHADA DO SUL - BRASIL


Ainda não consegui provar um Pinot Noir sem pensar na Borgonha. Falha minha, é verdade!
Este vinho da SulBrasil, produzido em Encruzilhada do Sul tem a cor de um Borgonha. Aquele vermelho brilhante e transparente. 12,6% de álcool.
No nariz, framboesa e morango que muitos Pinot Noir do novo mundo não conseguem oferecer. Tem personalidade!
Com o tempo aparece ainda notas florais.
Na boca continuo a comparação com o novo mundo e esqueço de vez a Borgonha (consegui!).
Tem bom equilíbrio e talvez melhore em um ano ou dois. Tem um final agradável e longo.
Boa opção de Pinot Noir diante dos caros vinhos da Borgonha.
A Borgonha fez com a Pinot Noir o que a Gillete fez com os aparelhos de barbear!
É muito difícil não comparar! A não ser quando verificamos o preço!
Este Pinot Noir custa 40 reais na AOC Vinhos do Brasil - 11 - 30441697

Vinha Grande - Douro 2022 - Casa Ferreirinh

Cereja, bergamota, violeta...  na boca tem corpo médio, taninos macios, sensação de frescor, sabor repetindo o nariz, mas com um toque de e...