sexta-feira, julho 27, 2018
Testei 3 vinhos importados abaixo dos 35 reais.
Fui ao supermercado Extra em São Paulo e escolhi 3 vinhos importados abaixo dos 35 reais.
Na verdade o mais caro custava menos de 32 reais.
Veja o que aconteceu:
quarta-feira, julho 25, 2018
Dei de cara com um vinho da uva Serine. E descobri que era uma velha conhecida.
Era um vinho do Rhône e eu até imaginei que era uma velha conhecida.
Era apenas um sinônimo.
A Syrah teve muitos nomes na sua terra natal.
Em 1781 era só uma uva local, não havia muita divulgação em torno do nome da uva e não havia muita divulgação em relação a nada.
Em Hermitage, no vale do Rhône, a Syrah foi primeiro chamada pelo nome Sira, depois Sirane, depois Serine.
Serine é um nome que sobrevive no Rhône.
Muitos produtores dão esse nome para um clone diferente, que eles juram ser a Serine e não a Syrah.
Outras histórias não comprovadas dizem que a Syrah veio da Pérsia (hoje Irã), da cidade que tinha o nome Shiraz ou Chiraz. Teria sido trazida para o Vale do Rhône entre 1095 e 1291.
Do Oriente Médio, a Syrah teria passado pela Grécia.
Também a Siria jura que seu nome vem da uva nativa Syra (ou Syros).
Os sicilianos, onde a Syrah até hoje mostra boa expressão, também garantem que a cidade de Siracusa tem esse nome por causa da uva, que estaria por toda parte nos anos 200 depois de Cristo e teria sido transportada para Lyon pelo imperador romano Probus, em 281.
Mas o tal DNA resolveu a questão.
Em 1998 os exames garantiram: A Syrah é fruto de um cruzamento natural entre a Mondeuse Blanche e La Dureza, na região do vale de Isère.
A árvore genealógica está na foto acima.
Isère fica cerca de 150 km de Hermitage, provavelmente ela seguiu pelo Rio Isère.
Convencer os pais de que a Syrah não é filha deles, é outra história...
Visitei Cornas (Rhône), onde a Syrah é a única variedade permitida, conheci o museu do chocolate Valrhona e andei pelos vinhedos da Laure Colombo.
Vale muito a pena assistir a sequência de vídeos:
terça-feira, julho 24, 2018
De onde surgem os aromas do vinho? É imaginação ou química?
Quem no mundo do vinho não enfrentou essa pergunta?
-Colocam chocolate no vinho? Por isso esse aroma?
A resposta é simples, mas complicada. Simples por ser direta e precisa como é a química. Complicada por ser química, uma matéria que só perde para a física e a matemática entre as matérias mais temidas pelos alunos.
Mas é a química que explica esses aromas e provam que o degustador não está num mundo de fantasia quando fala nesses aromas (pelo menos em boa parte das vezes, marcianos estão entre nós).
Vamos lá:
Ésteres (produto formal da reação de um oxiácido com um álcool, fenol, heteroarenol ou enol, pela perda formal de água, formada pelo hidrogênio ácido do primeiro com o grupo hidroxila do segundo).
O Ésteres são os responsáveis pelos aromas florais e frutados.
Simplesmente por estarem presentes também em algumas flores (principalmente jasmim) e algumas frutas assim como no vinho que está na nossa taça.
Pirazina
É um composto orgânico heterocíclico e aromático com a fórmula C4H4N2. Pirazina é uma molécula simétrica com grupo pontual de simetria D2h.
As pirazinas são compostos orgânicos aromáticos responsáveis pelos aromas herbais ou vegetais, como a gramínea ou a nota de pimenta. Cabenet Franc, Cabernet Sauvignon e a Sauvignon Blanc estão cheios desse composto.
3 variedades da mesma familia.
O pirazino pode ter aromas mais profundos como chocolate e café, é também um dos seus compostos aromáticos fundamentais.
Terpenos
Os terpenóides ou terpenos, por vezes designados por isoprenóides, são compostos que integram uma diversificada classe de substâncias naturais, ou metabólitos secundários de origem vegetal, especialmente das coníferas, de fórmula química geral (C5H8)n.
O vinho floral deve seu buquê aos terpenos. Alguns exemplos de terpenos são rosa e lavanda, mas também podem cheirar a resina ou herbácea (como no lúpulo).
O Linalol, é um dos terrenos mais encontrados nos vinhos, ele traz além dos florais, notas amadeiradas, mesmo se o vinho não passar por madeira.
O geraniol e o citronelol, estão presentes nos aromas de rosas.
Tióis
São os análogos do enxofre de álcoois (ou seja, o enxofre toma o lugar do oxigênio no grupo hidroxila de um álcool), e a palavra é uma amálgama de "tio" + "álcool," com a primeira palavra derivando do grego θεῖον ("thion") = "enxofre".)
Alguns tióis são responsáveis por aromas desagradáveis no vinho (alho e lã molhada).
Geosmina
é uma substância química, um composto orgânico produzido pela bactéria Streptomyces coelicolor, espécie de actinobactéria presente no solo e que são normalmente detectáveis quando o chão fica molhado, por exemplo, quando chove.
Dá aos vinhos um aroma característico como cogumelos ou o sabor de terra de beterraba.
Lactonas
Se você sentir o cheiro de baunilha, nozes ou coco, as lactonas são responsáveis. Eles são um subconjunto de ésteres e são fáceis de encontrar em certos vinhos que ficaram em contato com barricas de carvalho.
Notas picantes, tostadas e de caramelo também estão ligadas a lactonas e furanonas.
Rotundona
Quando você cheira a perfume picante a rutandona é a culpada.
É um terpeno encontrado também nos óleos essenciais de pimenta preta, manjerona, orégano, alecrim, tomilho e manjericão.
Cetonas
Provoca um odor doce, amanteigado e lácteos fermentados (queijo ou iogurte).
segunda-feira, julho 23, 2018
Moulin de Gassac Pinot Noir 2016 - Mas de Daumas Gassac - Languedoc-Roussillon - França
Visitei o Mas de Daumas Gassac e pude comprovar o trabalho fantástico que a mente brilhante de Aîmé Guibert foi capaz de realizar.
Ele era desses caras raros, que fogem da tradição para fazer algo melhor, aproveitando nesse caso, um terroir raro, encontrado por acaso.
Entre os vinhedos criados por ele, existem muitas variedades.
Esse Pinot Noir segue a linha frutada, sem passagem por madeira valorizando os aromas de cereja, framboesa e morango. Frutas frescas, notas florais e de ervas aromáticas.
Na boca tem corpo médio, é seco e taninos granulados, com uma ótima acidez deixando a boca salivante e um final persistente com notas de cereja.
Nota: 90
Preço: 137,82
Importadora: Mistral - https://www.mistral.com.br/p/vinho/moulin-de-gassac-pinot-noir-2016-mas-de-daumas-gassac
Para quem não viu a reportagem sobre a minha visita ao Mas de Daumas Gassac, compartilho o playlist com todos os capíulos. vale a pena assistir:
quinta-feira, julho 19, 2018
La Loggia del Cavalieri - Taurasi Riserva DOCG 2011 - Campania - Itália
O Taurasi é o grande vinho do sul da Itália.
É elaborado com a variedade Aglianico (mínimo 85%), deve envelhecer 3 anos, com pelo menos 1 ano em carvalho.
No caso do Riserva, o tempo de estágio sobe para 48 meses, com o mínimo de 18 em madeira.
Esse eu provei na semana passada no dia em que entrevistei o Michele Di Gregorio, que faz parte da família que produz os vinhos da Tenuta Cavalier Pepe.
Passou 24 meses em barricas francesas, mais 24 meses em tanques de aço inoxidável e 1 ano em garrafa.
O vinho tem cor rubi, bem concentrado.
No nariz, notas de amora, grafite, alcaçuz e cedro.
Na boca é encorpado, tem taninos firmes, mas com textura macia, boa acidez, equilibrado, tudo no lugar.
Um vinho com sabor intenso, que repete as notas sentidas no nariz e uma excelente persistência com notas de especiarias.
Nota: 92
Preço: em torno de 650 reais.
quarta-feira, julho 18, 2018
Taurasi, o Barolo do sul.
Conveersei com o Michele Di Gregorio sobre a Tenuta Cavalier Pepe, da Campagna, e sobre o Taurasi, o Barolo do sul.
segunda-feira, julho 16, 2018
Dica de restaurante em Cascais. Taberna Económica, com dona brasileira.
A Taberna Económica de Cascais é bastante tradicional na cidade. Há 5 anos, uma brasileira que chegou para tentar a vida no país, começou como funcionária e hoje é dona do lugar.
Uma boa dica para comer bem e barato os pratos tradicionais da cozinha portuguesa.
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