segunda-feira, dezembro 14, 2015
Chile - Terroir, Personagens, Histórias, Vinhos... Toda Segunda-Feira, um capítulo do documentário aqui. Veja o primeiro
O documentário continua à venda em dvd, no link que fica aqui no papodevinho, no lado direito da página (http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-704744684-dvd-chile-terroirpersonagenshistoriasvinhos-_JM), mas quem preferir ver aqui, em capítulos, hoje começa a série. Toda segunda um capítulo inédito.
sexta-feira, dezembro 11, 2015
Espumante Baladero Extra Brut Chardonnay 2012 - Fermasa - Mendoza - Argentina
Se fala muito pouco sobre espumantes argentinos.
Talvez por termos bons espumantes e por já comprarmos tintos suficientes dos nossos vizinhos, mas a história argentina na vitivinicultura merece respeito e disposição para provar sempre.
Esse Extra Brut me surpreendeu.
A cor é bem clara.
No nariz tem boa intensidade aromática (média+), notas de limão siciliano, pitaya, abacaxi, maçã verde e levedura.
Na boca é seco, tem boa cremosidade, as borbulhas delicadas, barulhentas.
Tem boa acidez (média+) e intensidade de sabor (média+).
Notas de maçã verde e floral.
Persistência média.
Amargor discreto.
Nota: 88
Preço: 63,90 no Walmart https://www.walmart.com.br/espumante-baladero-extra-brut-2012-espumante-750ml/3010367/pr
Importador: http://www.barricanegra.com.br/
Relação preço/qualidade: 4/5
quinta-feira, dezembro 10, 2015
Domingos Soares Franco - Moscatel Roxo - 20 anos - Setúbal - Portugal
Não dá pra dizer que este vinho é barato.
Não dá pra dizer que um vinho que traga no rótulo 20 anos, possa ser barato.
Imagina um produto que precisa de cuidados especiais por 20 anos, até que possa ser vendido?
É mais ou menos isso.
O que definitivamente dá pra dizer é que se trata de um vinho fantástico.
A cor é âmbar.
No nariz já se percebe a doçura.
Intensidade aromática pronunciada.
Notas de mel, figo seco, damasco seco, ervas aromáticas, curry, iodo e até toques cítricos e florais.
Na boca é doce, untuoso, encorpado.
A acidez na medida certa para enfrentar a doçura e não deixar o vinho enjoativo é de uma precisão quase matemática.
Tem 18% de álcool que aparece sutil, sem agredir o palato.
Sabor intenso de frutas secas e mel.
Persistência longa.
Foi elaborado com vinhas velhas de Moscatel Roxo, com idades que começam aos 23 e vão até os 80 anos.
Um super vinho!
Nota: 95/100
Preço: 819,30 (garrafa de 500ml)
Importador: www.decanter.com.br
Clos des Rochers Pinot Gris 2011 - Branco - Luxemburgo
Luxemburgo faz fronteira com a Bélgica, com a Alemanha e com a França.
No caso da fronteira entre França e Alemanha, fica realmente bastante próximo da alsácia e não muito longe da champagne.
A região de produção deste vinho (Grevenmacher), faz divisa com a Alemanha.
Embora nenhum vinho de Luxembrugo tenha interessado os importadores brasileiros, isso não pode significar que não sejam vinhos de qualidade.
Este Clos des Rochers Pinot Gris 2011, se apresenta no rótulo como um Grand Premier Cru.
A fermentação ocorre em cubas de inox e também de carvalho e o mosto fica em contato com as leveduras por cerca de 6 meses.
No nariz é um vinho discreto, com média intensidade aromática, mas complexo.
Notas cítricas, pão de especiarias, castanha do pará, defumado, floral...
Na boca é seco, boa acidez (média+), corpo médio, untuoso, fresco.
Boa intensidade de sabor repetindo as notas sentidas no nariz.
Persistência média.
Branco com quase 5 anos de vida, mas sem sinais de evolução.
Bom vinho!
Nota 89/100
A amazon, vende o vinho, não sei se entrega no Brasil: http://www.amazon.com/Domaine-Clos-Rochers-Pinot-750ML/dp/B00AHML320
quarta-feira, dezembro 09, 2015
Bordeaux já definiu as armas contra o aquecimento global. Variedades portuguesas como a Touriga Francesa e Tinto Cão podem ser escaladas.
Acentuar o número de cachos por pé, retardar o ciclo vegetativo e Introduzir novas variedades de uva.
São os pilares da reação ao aquecimento do clima em Bordeaux, que segundo os pesquisadores, serão capazes de manter intacta a tipicidade e o caráter dos vinhos mais importantes do mundo.
Por enquanto, o calor e a seca da safra 2015, não incomodou em nada os produtores, que afirmaram que as colheitas mais precoces trouxeram um fator qualitativo interessante.
Mas o presidente do comité interprofessionel de Bordeaux (CIVB), Bernard Farges, disse que se as colheitas precoces se repetirem todos os anos, a Merlot, seria a mais prejudicada. E para quem não sabe, a Merlot é a variedade de Bordeaux mais plantada, com 50% de toda a plantação.
Por isso mesmo, deve ser a principal vítima do aquecimento global.
A Merlot é sem nenhuma dúvida a variedade que mais vai sentir o aquecimento global.
Nos próximos 20, 30 anos, ela pode estar madura em agosto (normalmente é setembro), segundo o professor da escola nacional superior de ciências agrônomas de Bordeaux, Kees Van Leewen.
Isso diminuiria sensivelmente a qualidade das uvas, tornando os vinhos com menos frescor e mais açúcar.
Portanto o remédio escolhido é o de retardar o ciclo vegetativo da Merlot, para que o amadurecimento seja mais lento, aproveitando o frescor das noites do outono.
Para isso serão selecionados brotos de uvas que naturalmente amadurecem mais tarde entre os vinhedos de Bordeaux.
A Cabernet Sauvignon, é a variedade que não sofre com esse aquecimento, portanto, deve ser mais plantada (tem 23% da superfície).
A Petit Verdot, deve ganhar fôlego.
É tardia e tem tudo para ter um papel importante nessa luta contra o tempo e o clima.
Se pensarmos a um prazo mais longo, algumas novas variedades podem ser introduzidas.
Nos anos 2040/2050, elas devem ser necessárias.
Os pesquisadores estão analisando 52 variedades diferentes, que foram plantadas em 2009, e apresentam características bem próximas às variedades bordalesas.
Em Outubro deste ano, 20 destas variedades foram vinificadas para serem comparadas com as variedades bordalesas.
A que se deu melhor.... Tinto Cão.
Portuguesa que está nos vinhos do Porto e também nos vinhos tranquilos do Dão.
E não se espante se entre as 40 variedades testadas não tenham várias outras portuguesas.
É que os estudiosos garantem que o aquecimento darão o clima do Douro (hoje) para Bordeaux nos próximos 30/40 anos.
Alguns viticultores fazem seus próprios estudos, mas todos na mesma direção: Manter a característica e tipicidade de Bordeaux, se adaptando com as mudanças climáticas.
O trabalho é longo, precisa plantar, esperar, vinificar...
Mas no vinho sempre foi assim.
O trabalho de pesquisa é financiado pela União Europeia e pela Adviclim, que avalia os impactos das mudanças climáticas nas parcelas de vinhedos.
Os estudos analisam de perto vinhedos da Gran Bretanha, Alemanha (Rheigau), Romênia (Cotnari) e França (Bordeaux e Vale do Loire).

Tinto Cão
É uma variedade de maturação tardia, pouco produtiva, cachos pequenos, resistente a doenças e à podridão e suporta temperaturas muito altas.
Cultivada na zona do Douro, dá aos vinhos cor, aromas florais e delicados.
terça-feira, dezembro 08, 2015
Champagne Moutard Père e Fils Cépage Arbane 2009 - Vieilles Vignes
Provei essa Champagne ao lado da família Moutard, que entre outras coisas, me explicou porque ainda utiliza as variedades históricas, tradicionais, esquecidas, antigas, ancestrais... da Champagne.
Sim, cada um usa uma forma para explicar essas variedades nos dias de hoje, mas elas estão na região há séculos. Algumas são autóctones.
Bom, isso é tema para uma série de reportagens, ou até um documentário, que estou preparando.
Por enquanto vamos provando algumas.
Esse produtor, por exemplo, está no Brasil (na região sul) importado pela rede de supermercados Angeloni, de Santa Catarina.
Já comprei o 6 cépages deles (Champagne elaborado com 6 variedades diferentes): http://www.papodevinho.com/2015/10/uma-vertical-com-cuvee-des-6-cepages-da.html
Esse Arbanne não sei se eles importam.
Sei que é elaborado com uvas de vinhas velhas, que num certo momento, incomodaram os dirigentes da região de Champagne que foram pedir para o produtor arrancá-las ou até num termo mais apropriado, assassiná-las, junto com uma parte da história da região.
Claro que o proprietário da Moutard colocou os dirigentes pra correr e as uvas se transformam até hoje em um dos seus rótulos mais importantes.
As borbulhas são finas, rápidas e barulhentas.
No nariz tem boa intensidade de sabor (médio) notas florais, frutas brancas mais evidentes que as notas de pão torrado, frutas secas...
Na boca é seco, tem uma cremosidade incrível.
Acidez (média+), excelente equilíbrio, corpo médio, elegante, fresco...
Excelente ntensidade de sabor (médio+), frutas brancas, brioche e jasmim.
Longo.
Tem 6 anos e deve ainda melhorar pelos próximos 5 anos.
Nota: 90
Variedade: Arbane 100%
Importador (da marca Moutard): www.angeloni.com.br
segunda-feira, dezembro 07, 2015
Tudo sobre as regiões francesas - Vallée du Rhône - Parte 46 - Sud Méridional - AOC Vacqueyras
A AOC Vacqueyras tem 1400 hectares de vinhedos nas comunas de Vacqueyras e Sarrians, a norte da cidade de Orange.
Faz fronteira com as AOCs Gigondas e Beaumes-de-Venise.
Os vinhedos ficam principalmente aos pés da montanha de Montmiral e também em terraços ao lado do rio Ouvèze.
O clima é o que mais diferencia a AOC.
De um lado mediterrâneo com a ajuda do vento mistral que elimina a umidade, traz dias claros e verões bastante quentes.
De outro lado, uma alternância de duas estações secas, no inverno e no verão; e duas estações muito chuvosas, no outono e na primavera, que são favoráveis ao desenvolvimento dos vinhedos.
O solo é bastante diverso.
Argila, areia, pedras redondas (por influência do rio), pedregoso calcário e calcário vermelho.
As variedades são as tradicionais.
Para os tintos e rosés, principalmente: Grenache, Syrah, Mourvèdre e Cinsault.
Para os Brancos, a maior parte: Clairette, Grenache Blanc, Bourboulenc e Roussanne.
Os brancos são volumosos e gordos e os tintos bastante frutados e florais, com notas principalmente de violeta, e muitas vezes apresentam notas de alcaçuz e ervas aromáticas.
Normalmente não são vinhos de guarda, mas sempre muito equilibrados e de bastante qualidade.
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