O nome é Rocca delle Macìe, mas poderia muito bem se chamar Trinity

O mundo do vinho é cheio de histórias, isso ajuda a vender os vinhos. O problema é que na maioria das vezes as histórias são parecidas.
Essa não.
A história original de Italo, de Trinity, da Rocca delle Macìe.
Quem conta é o filho e hoje responsável pela vinícola, Sérgio Zingarelli.




Quem não assistiu o Trinity, pode conferir o filme completo, dublado, no Youtube.
Vai bem com um Chianti Clássico.

Entrevista exclusiva o presidente do Consorzio Vino Chianti Classico sobre a nova denominação de Chiantis

Sérgio Zingarelli, além de presidente do consorzio Chianti, é dono da Vinícola Rocca delle Macie, que produz excelentes vinhos.
Durante a visita à Enoteca Decanter, em São Paulo, ele falou sobre essa nova denominação.
Claro, que em breve falo dos vinhos...

Tudo sobre as regiões francesas - Vallée du Rhône - Parte 45 - Sud Méridional - AOC Tavel

A AOC Tavel tem 930 hectares de vinhedos nas comunas de Tavel e Roquemaure.
É produtora dos rosés mais famosos (e melhores) do Rhône.
É considerado o primeiro rosé da França.

O prestígio vem desde o tempo dos Papas em Avignon e do Rei Philippe (o Belo).
Na época, foi classificado: "O Rei dos Rosés".
Até hoje a reputação é grande, com seus rosés ricos e complexos.
O clima é tipicamente mediterrâneo, pouquíssima chuva e muito sol com presença marcante e constante do vento mistral.
O solo é composto principalmente de areia, pedras (de rio) e argila, com excelente drenagem.
As variedades de uva usadas são: Grenache Noir (a principal), Cinsault, Mourvèdre, Syrah, Calitor e Carignan.
Algumas variedades brancas podem entrar no corte como a Clairette Blanche e Rosé, Picpoul e Bourboulenc.
A produção anual é de cerca de 40 mil hectolitros.
Os vinhos são potentes, untiosos, com a cor rosé mais profunda, aromas florais e frutados.
Com a idade, os vinhos concentram os aromas de frutas vermelhas, amêndoas grelhadas e especiarias.
Está longe de ser um rosé simples.
É complexo e é considerado um patrimônio vitícola da França.

Habemos DVD - Já da pra ver o documentário - Argentina - muito+que Malbec

Com casa cheia (na verdade lotada) exibi pela primeira vez, ontem o documentário: Argentina - muito+que Malbec.
A ABS de Campinas me recebeu mais uma vez para a primeira exibição.
Foi assim com o documentário: Chile - terroir, personagens, histórias, vinhos...
Gostei tanto da atenção do público de lá, que não trocaria o local da primeira exibição por nenhum outro lugar.
O público assistiu atento enquanto provava vinhos de algumas vinícolas mostradas no documentário.
Aliás, agradeço muito as importadoras Ravin, interfood e Winebrands que forneceram os vinhos.

É um documentário que reúne grandes nomes da vitivinicultura argentina falando sobre as características dos vinhos do país, as possibilidades de cultivo de diversas variedades e a supremacia da Malbec.
A capa foi criada pelo Daniel Tagliari que me surpreendeu deixando belas fotos de Mendoza de lado e mostrando uma capa melhor do que eu poderia imaginar.
O tradutor já levou um puxão de orelhas, porque além de outros pequenos problemas, criou a Petit Bordeaux, no lugar da Petit Verdot e deixou um francês, que diz no filme que a Argentina colocou a Malbec em evidência sem tradução (só 10 segundos).
Vendo pelo Mercado Livre que é quem menos tira dinheiro do trabalho alheio.
Lembro do grande Plínio Marcos andando de cantina em cantina no centro de São Paulo vendendo seus livros que viraram peças fantásticas, ele era um personagem fantástico e trabalhava tanto na máquina de escrever como tendo o contato direto com quem comprava sua obra.
Quem quiser conferir tanto Argentina - muito+que Malbec, como o do Chile, vai encontrar no link:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-723402910-dvd-argentina-muito-que-malbec-novolancamento-_JM

Quem estiver em dúvida, veja o trailer:

Hora de comprar ingresso com desconto para o primeiro Encontro de Vinhos dentro dos vinhedos.

O Encontro de Vinhos será dentro dos vinhedos da Góes, em São Roque.
Vinhedos bem cuidados que florescem tanto no verão, com as colheitas tradicionais, como no inverno, com a tecnologia da inversão de ciclo, que tem dado muito resultado em regiões de verões chuvosos.
Uma bela oportunidade de passar o dia aprendendo com as visitas guiadas, provando vinhos de diversos países e regiões, com boa música, espaço para crianças com suco de uva, food trucks, espaço para pic-nic...
Enfim...
Garanta seu ingresso com desconto no site do Encontro de Vinhos: www.encontrodevinhos.com.br
Dia: 5/12
Horário: 11 às 19 horas
Local da recepção: Estrada do Vinho, km 9 - Canguera - São Roque (estacionamento gratis no local)
Local do Evento: Vinhedos da Góes, com transfer de ida e volta partindo da recepção.

A lenda do anão de Heidelberg... Poderia ser Quincas...

O apelido dele era Perkeo, o nome, Clemens Pankert.
Era um anão e bobo da corte de Charles Philip III, em Heidelberg (Alemanha).
Era também o guardião de um grande barril, que até hoje está no castelo e que ele teimava em tentar esvaziar.
Bebia muito.

Se tornou um mascote e até hoje o castelo e a cidade estão cheios da figura do Perkeo.
Segundo a história (ou lenda), ele bebia cerca de cinco a oito galões de vinho por dia e era o responsável por cuidar do estoque do castelo. 

Era o rato tomando conta dos queijos...
A parte lendária fica por conta da morte de Perkeo.
Ele teria 80 anos, e nunca tinha bebido nenhum líquido que não fosse vinho.
Um dia, doente, o médico lhe deu água.
No dia seguinte Perkeo foi encontrado morto, por causa da água contaminada.
Lembra o nosso Quincas Berro d'Água, do grande Jorge Amado.

A Casa do Porco é uma delícia!!!

Tentei primeiro ir no Domingo, perto das 3 da tarde para não pegar fila.
O que?
Tinha uma multidão na porta.
Depois soube que teve 4 horas de espera.
Voltei na segunda, as 18:45.
Bela escolha!!!
Escolhi lugar, sentei e a experiência começou.
O atendimento é perfeito.
O garçon jovem e muito bem preparado.
Sabia detalhes dos pratos, sabia dos vinhos e sabia sugerir sem invadir.
Provei duas entradas: Pão no vapor com barriga de porco, cebola roxa e pimenta fermentada

e a Pancetta com goiabada.

Dois opostos.
O primeiro tem textura super macia, como se estivesse comendo um algodão, mas...
De repente a pimenta fermentada dá o ar da graça, transformando o que se pode chamar, um soco com luva de veludo...
O segundo, a Pancetta com goiabada é exatamente o oposto.
Textura crocante, na medida certa.
A goiabada casa com a panceta de forma imprevisível e surpreendente.
Deliciosa.
Era hora de pedir o prato principal.
Como sempre faço, peço o carro chefe da casa.

É isso.
Porco San Zé.
42 reais, comem duas pessoas.

Tutu muito cremoso, muito saboroso. Porco suculento, com pele crocante e carne muito macia, desmanchando.

Pedi um Salton Paradoxo Gewurztraminer para acompanhar.
Harmonizou bem com a Panceta e com o prato principal.
O Pão no vapor com barriga de porco tem pimenta suficiente para atrapalhar harmonizações.
Um desafio.
Ambiente descontraído, comida de primeira e preço excelente.
Valeu!!!
A Casa do Porco fica na Rua Araújo, 124, República, São Paulo – SP