sábado, junho 08, 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Jura - Parte 14 - Vin de Pays de la Haute Saône



Os vins de Pays desta appellation são todos elaborados com uvas de vinhedos do Jura, no departamento de Haute Saône. 
A região conquistou uma boa reputação pela qualidade de seus vinhos desde o século XI.
São elaborados Brancos, Tintos e Rosés.
As variedades autorizadas são: Pinot Noir, Gamay (as duas para Tintos e Rosés) e Chardonnay, Auxerrois, Aligoté e Sauvignon Blanc (para os Brancos).
Os tintos devem ser servidos frios, entre 14 e 16 graus e os Brancos entre 8 e 10 graus.
São vinhos para consumo rápido, entre 1 e 2 anos após a colheita.
Em geral, os solos são bastante parecidos com os solos da Borgonha e os vinhos, muito mais baratos.
Os vinhedos estão plantados em encostas com exposição sul e sudeste, conseguindo excelente maturação.

O Vinho e a Pintura - Niko Pirosmani - 6


sexta-feira, junho 07, 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Jura - Parte 13 - Vin de Pays de Franche-Comté







Com essa denominação se encontra a maior parte dos vinhos da Franche-Comté, nos departamentos de Doubs, de Haute-Saône, no territorio de Belfort e do Jura. 
A menção é reservada aos vinhos tranquilos tintos, rosés, brancos e mousseux.
O vinhedo é ancestral, mas ficou muito mal cuidado e deixado de lado até os anos 80, quando um grupo de produtores apaixonados, decidiu replantar os vinhedos e dar um novo rumo para os vinhos da região.
Assim nasceu uma associação, a Runarim, que se responsabiliza por conseguir dinheiro para os projetos da região.
Todos os inscritos, tiveram a possibilidade de replantar os vinhedos nos moldes mais indicados de condução visando melhor qualidade.
As variedades da região são: Chardonnay, Pinot Noire, Gamay, Meunier, Poulsard, Trousseaux, Gamaret, Merlot, Syrah, Auxerrois, Pinot Gris, Pinot Blanc, Aligoté, Arbane, Petit Meslier, Savagnin, Sauvignon Blanc, Sauvignon Gris, Muscat, Viognier e Gewurztraminer.
Muito pouco produto químico é usado nos vinhedos.

O Vinho e a Pintura - Niko Pirosmani - 5


quinta-feira, junho 06, 2013

Cervejas maturadas em madeira, ricas e complexas - Por: Alessandro Pinesso


As primeiras bebidas elaboradas com grãos fermentados, que podemos chamar de cervejas primitivas, eram guardadas em recipientes de barro, como ânforas. A madeira veio bem depois, com os povos celtas, por volta do século III a.C. Por mais de dois mil anos, a cerveja foi armazenada e transportada exclusivamente em barris de madeira.

A partir da década de 1960, foram substituídos por versões em alumínio, mais leves, resistentes e de fácil higienização.  Em todo o mundo, grandes corporações cervejeiras já despejavam bilhões de litros de uma bebida quase sempre clara e refrescante, elaborada para agradar a todos os paladares.

As vendas batiam recordes e novos mercados importantes foram surgindo, como o chinês. A parcela de descontentes com os produtos disponíveis, embora minoritária, também crescia, principalmente no Reino Unido e EUA, onde as pequenas cervejarias artesanais perdiam espaço para a grande indústria. 

Foi a partir do final dos anos 1970 que o movimento da cerveja artesanal, ou craft beer, ganhou fôlego. Hoje, são cerca de 2.400 pequenas e médias cervejarias nos EUA. Com isso, antigas técnicas foram resgatadas e novos processos envolvendo o uso de madeira são cada vez mais aprimorados.

Os aromas e sabores que a madeira agrega à cerveja dependem de inúmeros fatores, como o estilo da cerveja, o tipo de madeira, aspectos da tanoaria como intensidade da queima e capacidade do barril, tempo de maturação e, claro, se o barril foi antes empregado para armazenar outra bebida. Nos EUA, é muito comum o uso de barris de bourbon. No Reino Unido, a preferência recai sobre os barris de whisky. Este procedimento incorpora novos elementos e maior complexidade à cerveja.

O uso de barris novos influencia bastante o conjunto sensorial de uma cerveja. Quanto maior o tempo e o número de utilizações, menor será esta influência, até desaparecer por completo. Hoje, a madeira é usada apenas na maturação, ou seja, somente cervejas prontas são ali acondicionadas, salvo alguns estilos bastante específicos. A madeira mais utilizada ainda é o carvalho. No Brasil, a amburana vem ganhando espaço, além de barris antes empregados para a produção de cachaça.

A madeira é porosa e permite a entrada do oxigênio e, assim, associa aromas provenientes da oxidação como frutas passas, ameixa, banana, frutas vermelhas, entre outros. Também contém microrganismos que incorporam à cerveja aromas mais rústicos, lembrando couro, estábulo, mofo e incrementando a acidez da bebida. Nem todos os estilos de cerveja aceitam tais características, o que faz deste uso um belo desafio para os mestres cervejeiros. 

Importante: a complexidade de aromas e sabores destas cervejas e somente a temperaturas um pouco mais elevadas, acima de 70 C. 

Alguns rótulos 

Há diversos rótulos de cerveja que utilizam madeira no processo produtivo e na maturação. 
Conheça três deles.
Wäls Petroleum – Brasil
Cerveja forte e encorpada, de alta fermentação, no estilo Russian Imperial Stout, e 12% de álcool.  Produzida com diversos tipos de grãos escuros e maturada com cacau torrado, apresenta aromas de chocolate belga, café, toffee e caramelo.

Way Beer Amburana Lager – Brasil
Baseada no estilo Vienna Lager, de baixa fermentação, porém mais escuro e potente, com 8,4% de álcool. Notas de malte tostado, madeira, conhaque e frutas escuras, um conjunto complexo e elegante.


Ola Dubh Special Reserve 12 – Escócia
Resultado de uma parceria entre a cervejaria Harviestoun e a destilaria Highland Park, produtora de um dos single malts mais respeitados do mundo. Com 8% de álcool, é de alta fermentação, no estilo Old Ale, com aroma e sabor de amêndoas, uísque, defumado. Licorosa e rica em sabores, para ser apreciada lentamente.

*Alessandro Pinesso é sommelier de cervejas formado pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS) e Association de la Sommellerie Internacionale e Mestre em Estilos Cervejeiros pelo Instituto da Cerveja Brasil, associado ao Brewers Association dos EUA. E-mail: pinesso@gmail.com

Tudo sobre as regiões francêsas - Jura - Parte 12 - AOC Macvin-du-Jura





A AOC Macvin du Jura é uma AOC para vinhos licorosos do Jura.
A AOC existe desde 1991 e representa apenas 3% da produção do Jura.
Esses vinhos licorosos nasceram no século XVI, quando eram chamados "maquevin", um nome que lembra o antigo francês "Maquer" que significa esmagar.
Também popde ser chamado de "marc-vin".
Na realidade, o Macvin-du-Jura é elaborado a partir do suco de uvas não fermentadas, o mosto, que é misturado (1/3) do Marc (eau de vie).
O vinho depois de misturado, passa no mínimo 12 meses em barricas de carvalho.
Deve ter entre 16° e 22°C de álcool para conseguir a aprovação da AOC. 
Pode ser Tinto ou Branco, com qualquer variedade da região: Pinot Noir, Poulsard, Trousseau, Chardonnay ou Savagnin.

O Vinho e a Pintura - Niko Pirosmani - 4


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