quinta-feira, junho 09, 2011

Foto das garrafas de Veuve Clicquot de 1840, encontradas no Mar Báltico



Uma das garrafas foi leiloada na última sexta-feira, dia 3, por 30 mil euros (US$ 43.056). As garrafas foram encontradas  no ano passado, em um navio naufragado em 1840, na Finlândia.

O Vinho e a Pintura - Erick Christensen 8

Título: Big Reds

Almaúnica foi mais uma boa surpresa da Serra




Uma das surpresas dos 2 dias que passei na Serra Gaúcha foi esse Syrah.
Almaúnica Reserva 2010.
Tive a sorte de encontrar com o produtor em um restaurante.

Márcio Brandelli tem 8 hectares de vinhedos. 1,2 hectares de Syrah.
A cor do vinho é rubi brilhante.
No nariz percebe-se que passou por barrica. 
Foram 12 meses de barricas de primeiro e segundo uso. 
Maioria barricas francesas, mas um pouco de americanas.
Cereja, especiarias, café e eucalipto completam os aromas.
Na boca é macio, tem bom corpo e um leve adocicado.
É longo e tem um final que mistura madeira e chocolate.
Perguntei ao Márcio sobre a madeira, ele me respondeu que é a proposta do vinho. 
O vinho é muito bom!
Custa 48 reais e é vendido pela internet para todo o Brasil direto pelo produtor.
www.almaunica.com.br

quarta-feira, junho 08, 2011

Blogueiros Encontram Vilmar Bettú na Serra Gaúcha

Conforme prometido, a entrevista com Vilmar Bettú:

Storia, 130, Maria... Visitei a Valduga!


Chegamos na família Valduga antes do almoço e logo seguimos para os tanques de aço inoxidável.
Provamos o Chardonnay que ainda não está no mercado e fomos informados que uma nova tecnologia na prensa pneumática, deve melhorar sensivelmente os vinhos brancos da vinícola já a partir desta safra de 2011.
Aliás, a safra que se anunciava com espetacular, rendeu alguns cabelos brancos aos produtores. Tudo corria bem até cerca de 20 dias antes da colheita dos tintos (exceto os de colheita precoce).
Na Valduga a teimosia e a coragem garantiram um possível sucesso do Storia que ainda está em barricas.

O Fabiano, gerente de marketing da vinícola, contou pra gente que o próprio Juarez Valduga deu a ordem:”Vamos esperar”.
E assim foi, dia após dia, uma torcida para que São Pedro poupasse aquele microclima de uma chuva devastadora.
As uvas para as linhas mais baratas já estavam garantidas, colhidas e sendo vinificadas. 
A teimosia venceu.

As uvas foram colhidas no dia em que tinham de ser colhidas, o vinho já está na fermentação malolática e muito provavelmente venha com o rótulo Storia.
Provamos o ícone da vinícola ainda no tanque, na fase final da malolática. Nesse fase o vinho sai do tanque com um aroma estranho, mas mostra a cor, concentração logo de cara. Depois de várias rodadas rápidas na taça os aromas de fruta dominam a taça e o aroma que representa a fase atual da produção desaparece.
Saímos direto para a prova de barrica.

O Storia da barrica tem muita concentração, corpo, e embora esteja na barrica, dá pra imaginar um vinho elegante e equilibrado.
Barricas Seguin Moreau, de primeiro uso. Tosta média, leve.
Nessa fase temos a sensação de provar dois vinhos em um. Sente-se a fruta, sente-se a barrica, mas não há integração. O tempo em barrica e as análises diárias vão fazer com que tudo se transforme em uma coisa só. Vinho frutado, com notas características de envelhecimento em barrica será o futuro. Dá pra perceber, dá pra imaginar e dá pra sonhar!

Depois almoçamos com o Juarez Valduga. Ele nos explicou que recebeu 60 mil turistas ano passado e deve receber 70 mil este ano. 
Disse que graças aos cientistas e médicos que explicaram os benefícios do vinho tinto para a saúde, inverteu uma produção onde os brancos representavam 80% para os números de hoje com os tintos representando 90 % da produção.

Com a vista maravilhosa dos vinhedos da Família Valduga, depois de passar pelas garrafas de espumante, bebemos o maravilhoso 130.


Ali mesmo, ao lado dos vinhedos.

terça-feira, junho 07, 2011

Vinho colhido na era Collor ía para o País que hoje é governado por Obama. O Marcus James 1991 estava muito bom!


No restaurante do Farina Park Hotel tinha um tesouro  quase “arqueológico”.
Sabe aquela menina que era a mais feia da classe e quando cresce mata todo mundo de arrependimento?
Pois é, eu admito, no início dos anos 90 eu sentia um profundo desprezo pelos vinhos Marcus James. 
Eram vinhos que não me atraíam, não me interessavam, não me convenciam nem mesmo com a propaganda do Amaury Junior dizendo que era o vinho brasileiro que fazia sucesso nos Estados Unidos.
A Aurora realmente exportou estes vinhos para os americanos, mas por aqui, muitas vezes virou tempero de comida.
Quando os gentis proprietários do Hotel Farina Park nos chamaram para um brinde de agradecimento (e éramos nós que teríamos que agradecer), vimos na adega garrafas de vinhos brasileiros de 3 década. 
Miramos no Cabernet 1991.
Safra histórica na Serra Gaúcha, consideram a safra do século.
Perguntamos o preço. Insistimos em saber o preço. Inútil.
Claro que um vinho destes não tem preço, mas abrir aquela garrafa depois de nos oferecer um brinde com espumante, depois de nos receber com tanta simpatia e cordialidade era demais.
Estávamos atrasados para o próximo encontro, mas um vinho de 91 é um vinho de 91. 
Nosso amigo, enólogo e sommelier, carinhosamente apelidado de Morgano, fez o serviço.
A rolha estava intacta, inteira, limpa com a ponta rocha, escura, quase negra.
O vinho tinha cor granada, brilhante, com reflexos tijolo, típico dos jovens senhores.
No nariz uma surpresa maravilhosa. 
Ainda tinha fruta, frutas secas, caramelo, couro, chocolate.
Na boca ainda tinha boa acidez, era macio, equilibrado, com um final médio, mas cheio de história.
Penso no tempo que se passou desde aquela colheita.
Colheita feita sob o governo Collor de Mello, época em que a juventude brasileira saiu para as ruas e conseguiu afastar um presidente. Talvez época de se convencer.
Convencer citando outro presidente e chegando aos dias de hoje. Presidente do país que importava estes vinhos: Yes, we can!  

PS: A foto é do amigo Gil Mesquita, do blog vinhoparatodos.blogspot.com
A máquina que tirou essas fotos deve estar sendo vendida por um bandido que roubou o Gil no Aeroporto de Porto Alegre.

O Vinho e a Pintura - Erick Christensen 6

Título: At the Winery

Vinha Grande - Douro 2022 - Casa Ferreirinh

Cereja, bergamota, violeta...  na boca tem corpo médio, taninos macios, sensação de frescor, sabor repetindo o nariz, mas com um toque de e...