Petit Verdot - Características Olfativas

A PETIT VERDOT amadurece muito tarde, por isso os riscos de uma colheita de maturação perfeita diminuem. Motivo da diminuição do cultivo da variedade. Quando o verão é longo e ensolarado a Petit Verdot dá vinhos excelentes com gosto concentrado, muitos taninos, cor e álcool. Aromas de cassis, pimenta e cravo. Quando passa por madeira, baunilha, couro, tabaco e coco. Com envelhecimento em garrafa ganha notas de caixa de charutos.

Ainda Sobre a Degustação No Consulado de Portugal!

Depois dos vinhos da Quinta do Crasto, do Douro, todos foram para a parte externa provar os alentejanos do Esporão. Mais de 20 vinhos entre brancos, tintos e rosés. Alguns de ótima relação preço qualidade como os vinhos Alandra e Monte Velho, até vinhos muito bons como todos da linha Esporão. O Verdelho Branco 2007, tinha cor palha e aroma de pêssego e mineral. Já o branco Private Selection 2007 mostrou cor dourada. No nariz frutas maduras: pêssego, abacaxi, lichia e baunilha. Na boca mostrou bom corpo, cremoso e final persistente.
já o tinto Private Selectiion 2004 tem cor rubi bastante forte. No nariz ameixa preta, cereja, canela e torrefação. Na boca os taninos finos, elegantes mas com força. Passou 18 meses em carvalho frances, um senhor vinho!
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Nessa mesa ficavam os irresistíveis queijos da Serra da Estrela.

Prosecco - Características Olfativas

A PROSECCO virou pra muita gente um sinonimo de espumantes. Sinonimo muito exagerado se relacionarmos com a qualidade destes espumantes italianos. Na Itália quando se quer um bom espumante se pensa em Franciacorta, um espumante de altíssima qualidade elaborado com Pinot Noir e Chardonnay, como na Champagne. Os Proseccos são aromáticos e refrescantes, alguns muito bem feitos. Notas florais, maçã verde, pêra, cítricos e pêssego.

Mudanças Climáticas! Aquecimento Global! Vinhedos em Perigo!

Alguns especialistas franceses afirmam que o gosto dos vinhos produzidos com algumas castas tradicionais já mudou devido ao aumento de temperatura em certas regiões. A conclusão partiu de 50 produtores, chefs de cozinha, enólogos e sommeliers. Eles assinaram um documento enviado ao presidente da república e ao ministro do meio ambiente meses antes da conferência de Copenhaguen sobre o clima. Segundo eles o aquecimento global está deixando as vinhas cada vez mais vulneráveis. O documento é em defesa do patrimônio cultural do país, os vinhos franceses, elegantes e refinados, que estão em perigo. Segundo eles o gosto dos vinhos já mudou, as colheitas estão sendo antecipadas e as uvas estão carregadas de açúcar. Até o mapa vinícola da França pode mudar. A Bretanha e a Normandia (mais ao norte), além da Inglaterra poderão se tornar bons produtores enquanto regiões tradicionais, como a Borgonha, podem desaparecer. O grupo pede a diminuição da emissão de gazes poluentes em 40% até 2020.

Vertical da Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas!

A organização da apresentação dos vinhos Crasto e Esporão no Consulado Português foi impecável. Logo na entreda a degustação vertical dos vinhos Reserva da Quinta do Crasto Vinhas Velhas. Uma degustação rara, de garrafas Magnum, impossível de ser repetida pela raridade de algumas safras.

o Crasto Reserva 2001 tem uma bela cor rubi, concentrada e límpida. No nariz é intenso e complexo. Notas florais e muita fruta. Os 18 meses de estágio em carvalho frances também deixaram sua marca de especiarias. Na boca é intenso, gosto de amora com um certo amargor agradável. Evoluiu no copo, imagino que evolua ainda pelos próximos 5 a 10 anos.

O 2002 possui a mesma cor do anterior, os aromas estão mais francos. Framboesa, violeta, baunilha e cravo.

Na boca é mais concentrado que o anterior, elegante, taninos firmes e um final longo.

No 2003 subimos mais um degrau. Na cor está menos transparente, mas concentrado. No nariz os aromas florais e de frutas silvestres saltam do copo com força. Baunilha, canela e cacau dão o ar da graça. Na boca é bastante intenso e equilibrado, vinho excelente. Final longo e vida longa pra ele. Mais de 10 anos!

O 2004 foi meu preferido. Cor rubi profundo. No nariz cassis, framboesa, alcaçuz e chocolate amargo.

Na boca é intenso e aveludado. A estrutura dos taninos é impressionante, o vinho melhora a cada instante, precisa ser decantado, precisa ser guardado e exaltado. Um super vinho que mostra o potencial do Douro. Final muuuiiito Longo!

Pulamos o 2005, que escrevi ontem e passamos para o 2006. A cor mostra alguns reflexos violeta. Está ainda fechado, mas mostra qualidades desde o início. Mirtilo, cereja, cravo, alcaçuz e torrefação.

Na boca os taninos são firmes. Notas de baunilha e no caso desta safra (também a de 2005 e 2007) passou também por carvalho americano (15%), talvez por isso as especiarias estão mais claras. Final longo.

O safra 2007 é uma criança agitada. Na cor mostra também os reflexos violeta. No nariz o carvalho americano emprestou notas de coco queimado para misturar com as flores e frutas silvestres. Na boca é bem estruturado e elegante mesmo em plena juventude. O vinho ainda esta fechado, convém guardar bastante. Saiu da adega há 2 semanas. final longo com gosto de café torrado.

A degustação continuou na parte externa do consulado de Portugal com os excelentes vinhos Esporão. Brancos e tintos de qualidade e o Rosé defesa com notas de morango e flores. Destes eu escrevo amanhã!

Em outra mesa estavam os azeites Esporão com nova roupagem e sabor maravilhoso e para terminar um Porto Crasto Vintage 2004 acompanhado de queijo da Serra. Os dois dispensam comentários, mas o vintage 2004 (ano de nascimento da minha filha) mistura aromas de frutas negras e cacau. Na boca tem um volume incrível e o final? Bem o final, voltei pra casa com ele!

Os vinhos são importados pela Qualimpor 08007024492 - www.qualimpor.com.br

O Dia Em Que o Terceiro Melhor Vinho do Mundo Visitou a Minha Taça!

Nem bem entrei na sala do Consulado de Portugal em São Paulo, dei de cara com os copos da vertical do Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas. Os vinhos de 2001 a 2007 estavam lá e eu fiz um esforço enorme para esquecer que o 2005 foi considerado pela Wine Spectator o terceiro melhor do mundo em 2008. Foi a primeira e única vez que um vinho de Portugal atingiu tal colocação.
O vinho tem uma cor rubi concentrada, límpido. No nariz frutas silvestres, alcaçuz, violeta, tabaco e especiarias. Na boca é macio, elegante, frutado, com notas de chocolate e capacidade para envelhecer muitos anos evoluindo pelo menos pelos próximos 10. Amanhã volto a falar sobre a vertical histórica. Só para se ter uma ideia, o 2004 me pareceu ainda melhor!

Cuide da Temperatura Dos Vinhos, Na Taça e Na Adega!

A temperatura é sem dúvida o fator mais importante na conservação do vinho. Na Europa é costume deixar as adegas com a temperatura em torno de 12 a 15 graus. No Brasil normalmente costuma-se optar entre os 14 e 17 graus. A diferença aí é que algumas adegas não possuem diferenças de temperatura para brancos e tintos, como hoje os brancos são ainda mais respeitados na Europa que no Brasil, muitas adegas guardam uma quantidade menor de tintos. Além da temperatura os raios solares também estragam o vinho. Uma coisa que parece exagero é o local onde os vinhos ficam armazenados. Não deve ter odores exagerados, pois as rolhas absorvem os odores facilmente. A humidade deve ficar entre os 70 e 80%. As adegas climatizadas já estão bem distribuídas pelo comércio e existem várias opções de tamanhos, preços e qualidades. Quem prefere comprar poucas quantidades e vinhos para o dia a dia, não precisa ter essa preocupação. Apenas fique atento na hora de servir, se o vinho está na temperatura certa. Grandes vinhos precisam da adega climatizada, é um desperdício beber um vinho de guarda antes do tempo e também deixá-lo exposto ao clima e suas variações de temperatura. Normalmente quando compramos estes vinhos especiais eles estão jovens e necessitam de um tempo na garrafa para atingir a maturidade ideal. É bastante interessante também quando compramos algumas garrafas do mesmo vinho e acompanhamos o envelhecimento tomando uma garrafa por ano.